10 março 2007

Ensino Conectado

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Passados 12 anos de sua regulamentação no Brasil, a Internet se tornou mais do que um atalho para acessar o conhecimento. Confirmando seu potencial revolucionário, transformou-se em um fenômeno que altera a maneira de pensar e de aprender dos estudantes.

A análise dos impactos dessa tecnologia em cinco alunos gaúchos, nascidos no ano que marcou a oficialização da rede no país, há 12 anos, mostra que o fenômeno modifica os modelos de aprendizagem convencional e influencia as relações aluno-professor. Em vez de esperar ensinamentos em sala de aula, o estudante pode acessá-los diretamente na rede, enquanto o docente se torna um mediador, com recursos multimídia para explicar os conteúdos.

- As novas tecnologias mexem com a forma de aprender, torcem os papéis. É uma ótima oportunidade para rever os processos educativos. O tempo que a gente gastava antes com coisas mecânicas, hoje podemos usar para pensar - analisa a psicóloga Joyce Monarsky Pernigotti, mestre em Educação e doutora em Psicologia, com enfoque em teorias contemporâneas e novas mídias.

Se infinitas possibilidades se abrem com a rede, a exclusão digital ainda é uma barreira para democratizá-las. Na rede estadual, por exemplo, apenas 990 das 2.856 escolas têm laboratórios de informática e 1.358 têm Internet.

Segundo dados do Censo Escolar feito pelo Ministério da Educação, 17% dos 10.413 estabelecimentos públicos e particulares gaúchos ofereciam acesso à Internet em 2005.

Embora o ritmo de adesão à rede varie, o fenômeno provocado por ela é considerado irreversível.

As mudanças

No passado

-As explicações da matéria eram feitas no quadro, pelo professor.
-Cada matéria e série tinham assuntos bem definidos a tratar, em blocos separados.
-O professor era a autoridade máxima, decidindo o que, como e quando o aluno deveria aprender.
-As pesquisas escolares eram feitas em livros.
-A transmissão do conhecimento estimulava a dependência e a submissão do aluno, que devia basicamente copiar e ouvir o professor.

Hoje

-Há possibilidade de explorar recursos de som e vídeo para entender fenômenos complexos .
-A Internet estimula a interação entre diferentes áreas do conhecimento.
-A aprendizagem é contínua, e é cada vez mais difícil dividir os conteúdos.
-O professor se torna um mediador, orientando o aluno a organizar e refletir sobre as informações.
-As pesquisas solicitadas pelos professores são mais abrangentes e exploram recursos visuais, já prevendo a consulta na Internet, como: "traga amanhã o desenho de 10 tipos de raízes diferentes".
-Com a maior interação, a busca pelo conhecimento tende a ser participativa e cooperativa, favorecendo a autonomia e a responsabilidade da autoria.

As armadilhas

Ansiedade e tecnose: o neuropediatra Rudimar Riesgo, professor-adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), adverte que a nova geração é mais propensa à ansiedade. Com tantos estímulos, é difícil selecionar o que é relevante e existe uma dificuldade de se desconectar da rede, numa espécie de neurose de tecnologia
O que fazer: pais e professores devem orientar as crianças, participando da seleção das informações

Distração fácil: com tantos recursos e janelas na rede, facilmente o estudante pode perder o foco dos estudos e passar horas distraído
O que fazer: acompanhe seu filho e monitore suas atividades

Ctrl C + Ctrl V: com a facilidade da Internet, existe o risco de estudantes copiarem materiais prontos
O que fazer: os pais devem revisar o trabalho dos filhos. Professores devem incluir no trabalho perguntas específicas e de interpretação

Vício da rede: é fácil perder a noção de tempo e ficar horas a fio em frente ao computador. O vício cria o risco de sedentarismo e obesidade e pode levar ao isolamento social
O que fazer: se perceber excessos, a família precisa impor limites, delimitando horários de acesso. A família deve estimular a prática de exercícios físicos e convívio social.

Fonte Zero Hora 04/03/2007 - leia na íntegra aqui.

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