14 fevereiro 2010

O que move o educador

O Carnaval marca o limite entre as férias e o trabalho, esse ano iniciando mais cedo aqui no Rio Grande do Sul. Nesse período de recesso não pude viajar, mas dormi bastante, li alguns livros, assisti mais televisão e tentei ficar mais desconectada, o que consegui apenas em parte. Mantive contato com alguns alunos que volta e meia me chamam quando estou no msn. Nesse final de semana recebi um grupo aqui em casa, vieram matar a saudade. Acho que todo verdadeiro educador sempre se pergunta se conseguiu fazer a diferença na vida de seus alunos ou no mínimo se conseguiu acrescentar um pouco de conhecimento. Comigo não é diferente. Nunca somos completos. Temos que priorizar conteúdos, focar mais esse ou aquele assunto ou temática, escolher metodologias e ferramentas, enfim, estamos sujeitos a deixar lacunas ou errar. É extremamente gratificante e motivador quando percebemos que nossos educandos aprendem lições para a vida e melhor ainda quando nós educadores somos a referência para isso. Uma aluna disse um dia desses: " Professora, você não tem ideia do quanto nos ajudou. Contigo aprendemos que é possível sonhar e realizar os sonhos. Eu te respeito muito, porque você édiferente, tem a coragem de fazer o que não é padrão. " Fico pensando em quantas vezes se joga fora oportunidades de ir ao encontro do que nossos adolescentes precisam e esperam de nós, para dar ênfase a conteúdos obsoletos e descontextualizados. Acima de tudo, somos nós educadores, com nossa postura e atitudes que proporcionamos as melhores aprendizagens que ficam para sempre. Não sei se meus alunos aprenderam tudo o que poderiam em Português, mas tenho certeza que consegui plantar o entusiasmo pela busca do sonho e a certeza de que cada um pode conduzir sua história. Que Deus me ajude nesse ano de 2010. Voltarei também a atuar com a Educação Infantil, pela qual tenho paixão e iniciei a carreira docente. Carpe diem!

4 comentários:

  1. Marli!
    Lendo seus posts percebi que você é uma professora que Rubem Alves define assim:
    "Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música
    não começaria com partituras, notas e pautas.
    Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria
    sobre os instrumentos que fazem a música.
    Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria
    que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
    Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas
    para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".

    Parabéns

    http:profmairatarrago.blogspot.com

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  2. Maira!
    Lindas palavras do Rubem Alves, que mostram a essência das coisas e das pessoas. Obrigada por relacioná-las a mim. BJ!

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  3. Parabéns pela divulgação de trabalhos relacionados as novas tecnologias na educação.

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