Há tempos sabemos que a Web 2.0 mudou os hábitos sociais, a vida pessoal de quase todos nós, mesmo que muitos nem saibam o que a expressão signifique. E quando se fala em redes sociais, estamos nos referindo ao maior fenômeno que revolucionou o dia a dia das pessoas. Mesmo as menos incluídas digitalmente, com poucos conhecimentos técnicos sobre ferramentas interativas, tem sua conta no facebook, twitter ou outras redes. Isso não significa que toda mudança provocada tem sido para melhor. Venho pesquisando e observando comportamentos nas redes há bastante tempo, até porque elas sáo meus instrumentos de trabalho. E tenho visto de tudo. Gente que fica gastando tempo com inutilidades que levam a nada, expondo alguns detalhes de sua vida pessoal e a dos outros que deveriam ficar nos limites de suas casas. Nunca se "falou" tanto de forma escrita. Muitas abobrinhas também , mas muita mobilização e discussão que vem balançando e provocando mudanças pelo poder avassalador do alcance das redes. Basta citar o exemplo da adolescente de 13 anos que criou um Diário de Classe para relatar situações positivas e negativas das escolas públicas, especialmente a sua, exigindo direitos e ganhando milhares de seguidores. Em pouco tempo, ganhou visibilidade nacional e mundial, provocou longos e numerosos debates e várias das mudanças exigidas. No ano passado estive participando do Twitter Mix, em Bento Gonçalves, que reuniu usuários da rede social de diversos setores da sociedade: empresários, jornalistas, comunicadores, educadores e políticos. Discutimos o impacto das redes na vida social. Lá estava também Manuela D`Ávila( @_manuela65 ) que elegeu-se no primeiro mandato com uma votação muito expressiva utilizando de forma pioneira o Orkut (na época a rede em maior evidência). Segundo seu relato, foi duramente criticada na época, acusada de perder tempo ao invés de trabalhar usando a internet e hoje, pouco tempo depois, o político que não tem conta em rede social é o criticado. Isso porque é o canal mais direto com o eleitor, que poderá fazer cobranças ao longo do mandato e não ser visto e lembrado apenas na hora do voto.
As redes sociais podem ser ferramentas para a educação e o exercício da cidadania, como citei nos exemplos acima. Mas quero dedicar esse post especialmente a outro episódio que está ocorrendo com jovens da minha cidade Nova Bassano e Nova Prata (orgulho deles) e engajando muita gente da região e a mídia: jornais, tv, web, rádios. A causa em questão é o péssimo estado da rodovia ERS 324 que tem colocando em risco vidas, vitimado outras e causando muitos prejuízos nos veículos. Foi criada , através do Facebook, uma página para mobilizar as pessoas para a manifestação pela melhoria da citada rodovia, que vai ocorrer na manhã de sexta-feira, feriado de 7 de setembro, entre as duas cidades. Eu apoio a iniciativa e peço que meus amigos, seguidores, leitores divulguem e participem. Precisamos exigir nossos direitos, afinal pagamos impostos para isso.
Meu filho Tadeu (orgulho dele) também é um bom exemplo, usando o twitter para cobrar dos políticos. Vejam:
@BetoAlbuquerque bom dia. Como está a situação do trecho Veranópolis-Nova Araçá?? As obras vão continuar?
RESPOSTA
Beto Albuquerque @BetoAlbuquerque
@tadeufiorentin Contrato de 9 milhões totalmente pactuado. Tudo com a Concresul! Restauro Veranópolis/Nova Prata/Nova Araça tem q continuar,
Algum tempo depois ...
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ResponderExcluirQuerida Marli,
ResponderExcluirLembro da minha resistência ao celular, depois ao Orkut, mais tarde ao Facebook... as novidades sempre causam resistências, mas depois torna-se ferramentas pessoais e sociais indispensáveis.
Tenho a impressão que não depende de vontade... quem pára a onda empurra.
Conheço algumas “comunidades amish” neste sentido, mas, cedo ou tarde, o movimento impetuoso de uma vaga faz com que sejam incluídos, na praia, a outros milhões de grãos de areia.
Qual será minha próxima resistência?
Fernando, tem um texto do Jarbas no Caldeirão de Ideias: A TV da minha sogra, novas tecnologias, e professores.
ResponderExcluirAcho que vais gostar. Penso que precisamos fazer a tecnologia atender as nossas necessidades e não nós termos que nos adaptar às dificuldades que elas às vezes nos impõem, como diz o Jarbas. BJ!