21 dezembro 2015

Sobre Redes Sociais


As dicas abaixo eu reproduzo do Blog do Sakamoto, muito pertinentes, nesses tempos de redes sociais nem sempre bem utilizadas.

Dez dicas para não ser um leitor-cobaia nas redes sociais
Dez dicas rápidas para você, leitor de redes sociais, não ser enganado na guerra cotidiana por corações e mentes que esta deflagrada na internet. Porque, em uma guerra, a verdade (se é que ela ainda existe) é sempre a primeira vítima:
1) Olhe sempre a data do texto – Há muita gente que, por inocência ou sacanagem, reposta links antigos como se o fato tivesse acabado de acontecer. Como o momento em que um fato ocorre é importante para a sua compreensão, a impressão que fica é que o problema se repete por incompetência de alguém num eterno Dia da Marmota.
2) Anônimo é coisa do capeta – A chance de uma denúncia anônima e sem a fonte da informação circulando no WhatsApp ser séria é a mesma de um jabuti escalar um poste de luz sozinho. Se recebeu, demonstre nojinho e desconfie.
3) Fora de contexto, sem chance – Quando alguém tenta desacreditar uma ideia, pinça uma frase ou uma imagem fora de seu contexto e a utiliza para construir seu argumento. Como parte das pessoas foi condicionada a agir como gado diante do discurso de quem confia, acaba acreditando no novo significado que o sujeito tentou impor com essa descontextualização. Ou seja, na dúvida, Google nele.
4) Não seja otário, leia – Ler um texto até o final é fundamental. O título, a foto e legendas não são capazes de trazer toda a complexidade de um argumento. Se não tiver tempo para ler, não compartilhe ou curta. Você pode, sem querer, estar difundindo uma peça de racismo ou de violência contra a mulher.
5) Desconfie dos argumentos de autoridade – Não é porque o Papa ou a Bispa Sônia disseram algo que você tem que acreditar. O mesmo vale para o presidente da sua associação de moradores ou o diretor do seu sindicato. Exija confirmação dos fatos ou vá atrás dela.
6) Cuidado com falsa relações de causa e consequência – Um fato que acontece depois do outro não necessariamente foi causado pelo primeiro. O atropelamento de um pônei não é, necessariamente, a causa de uma tempestade. Da mesma forma, a chegada de imigrantes não é necessariamente a causa de desemprego.
7) Não se deixe levar por quem escreve bonito – O texto pode até estar te xingando de uma forma doce e você nem vai perceber se não observar atentamente o significado das palavras que o autor escolheu. Além disso, fique atento: não é porque a pessoa escreve com certeza absoluta no que diz que está certa.
8) Cuidado com os sites fantasmas – Não é porque um site publicou um assunto com uma abordagem com a qual você concorde que ele é honesto ou faz bom jornalismo. Procure um “quem somos'' ou um “expediente'' e veja quem trabalha lá. Se não encontrar, desconfie.
9) A imagem nem sempre vale mil palavras – Até uma criança não alfabetizada é capaz de manipular uma foto com aplicativos online. Então, por que você acredita que uma imagem é uma prova irrefutável de um argumento? Ao mesmo tempo, ao editar um imagem, deixando partes dela de fora, exclui-se desafetos ou cria-se a impressão de multidões onde elas não estavam.
10) Leia coisas com as quais discorda – Não é porque você não concorda com o que um texto bem fundamentado diz que ele não merece ser lido. Considere que o mundo é mais complexo do que você pode imaginar e que a pluralidade de ideias, desde que não desejem a morte de ninguém, ajuda a crescermos como sociedade. O contrário disso se chama ditadura.

2 comentários:

  1. Oi Marli!
    Sou professora de Geografia e blogueira desde 2008. Moro em Cruz Alta/RS e trabalho com o ensino médio. Achei muito interessante as tuas dicas sobre as redes sociais. De fato nem sempre palavras bonitas são palavras verdadeiras e visto desse ângulo uma imagem não vale por mil palavras.
    Eu tenho quatro blogs. cada um com um assunto diferente, mas que se cruzam: ambiental, proteção aos animais, ensino e receitas veganas.
    Descobri o teu blog pesquisando na internet blogs e sites de ensino.
    Um abraço!

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    Respostas
    1. Oi Regina!
      Muito bom receber teu comentário. Isso está ficando raro depois das redes socais, não é mesmo? Bons tempos em que blogar era um verbo mais conjugado. Mas quem saber podemos retomar ... tenho muitos blogs. poucos ainda ativos e pouquíssimo tempo para alimentar, mas vontade não falta. Quanto às redes sociais, precisamos repensar porque a coisa está muito mal utilizada. Enfim, são experiências que vamos vivendo. Abraço!

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