01 janeiro 2008

Tecnologia: até onde?

O tema predominante desse blog é tecnologia. Sou uma apaixonada por ela, pelas possibilidades que nos oferece de criar conhecimentos e de aproximar pessoas, mas daí a estar no lugar delas, já é demais para minha pobre cabeça.
Começando o ano de 2008, me deparo com uma matéria no jornal Zero Hora, que, confesso, me deixou meio alarmada, para não dizer chocada, mesmo eu que me considero uma incluída na sociedade tecnológica. Entitulada como "No altar com um robô", a matéria fala da teoria do pesquisador inglês David Levy, que acaba de defender uma tese de doutorado sobre o assunto na Universidade de Maastricht, na Holanda. Não confundam, por favor, com o Pierre Lèvy (serão parentes?) o criador da teoria da Inteligência Coletiva. Esse Levy, que estuda a inteligência artificial, prevê em seu livro Love and Sex with Robots (Amor e Sexo com Robôs, em português, ainda sem edição no Brasil), que os humanos poderão se apaixonar, fazer sexo e se casar com os robôs até a metade deste século. Querem que repita? "Casar e fazer sexo com robôs". Pra não me chamarem de mentirosa, confiram aqui.
Segundo o pesquisador, as pessoas solitárias e tristes, sem ninguém para amar, finalmente encontrarão a solução ideal e, ainda poderão reprogramar a maquininha, caso o "relacionamento" comece a dar sinais de insatisfação para o dono, adaptando a personalidade do robô aos seus desejos.
Logo que li a matéria achei engraçado, depois me bateu um sentimento de preocupação, confesso que fiquei angustiada. Afinal, será que estamos perdendo o bom senso? Não sei se consigo achar palavras para expressar o que gostaria de dizer, mas acho que a vida, o homem e sua emoção jamais poderão ser reproduzidas dessa forma. Ainda acredito em Deus e na sua obra. Ainda acredito no relacionamento sexual como ato de amor. Ainda penso que o sentimento humano é único. Ainda quero acreditar que ser gente está acima de tudo nessa vida. Mas, quem sou eu pra duvidar de qualquer coisa... O homem é tão inteligente, pode tanta coisa, mas tanta, que é capaz inclusive de ficar burro e perder a noção das coisas. Ou será que sou eu que perdi a noção???

11 comentários:

  1. Pois é amiga, tanto se fala em inteligência artificial que o negócio já parece possível!
    O que eu sei é que em 2008 eu quero um homem de carne e osso, heheh!
    Saudades
    Um 2008 cheio de alegrias para vc e sua família
    Sintian

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  2. Marli, eu me pergunto: qual a importância dessa tese? Que pesquisa, não? E o sujeito agora é doutor!!!
    Talvez ele nunca amou de verdade ou nunca foi amado, se relaciona apenas com papéis e computador... ou não, vai saber...
    Que bom que acreditamos nas mesmas coisas.

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  3. Muito legal!Também acho que o ser humano é único e que jamais poderam reproduzir um robo com os nossos sentimentos!Beijocas.

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  4. Será que vai ter aquela cena: "meu bem vamos avaliar o nosso relacionamento?"

    Quem tomará a iniciativa, a pessoa ou o robô? Afinal, quem será o robô?

    risos....

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  5. Sintian!

    To aqui na maior torcida pra pintar o teu príncipe bem malhado.
    Daniel, tem razão. Eu me preocuparia com outros focos, embora não duvide dessa previsão.
    Gaby, linda, melhor a gente pensar em melhorar as relações humanas, né?
    Wolney, desconfio que se o "humano" for homem, a iniciativa será do robô. hehehehe...

    Beijos a todos...

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  6. Anônimo10:25 AM

    Olá,

    Parabéns pelo blog.

    Eu represento um grupo de professores que decidiu criar o concurso de vídeos no YouTube intitulado "BiblioFilmes – Livros, Bibliotecas, Acção!", que visa além de promover a leitura, o livro e as bibliotecas públicas e escolares através das novas tecnologias, angariar fundos.

    Poderá encontrar mais informação na página oficial do concurso em http://bibliofilmes.com
    e no blogue http://BiblioFilmes.blogspot.com .

    Vínhamos, por este meio, divulgar a iniciativa e também convidar à divulgação e participação.

    Os filmes terão de ser feitos até 2 de Abril de 2008 (Dia Internacional do Livro Infantil), data em que se iniciará o período de votações, até 23 de Abril (Dia Mundial do Livro), em que serão anunciados os vencedores.

    Com os nossos melhores cumprimentos,

    Organização BiblioFilmes
    bibliofilmes @ xariti.com

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  7. Anônimo5:47 PM

    Teu blog é muito bom.

    Um belo tema.

    Voltarei.

    Só o que está morto não muda!

    Abraços, flores, estrelas..

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  8. Mais uma vez, minha querida amiga Marli, você me proporciona momentos muito agradáveis.
    Ri de embolar com essa notícia divulgada por você neste blog.
    E muito mais ainda, com sua observação (embora muito injusta) para o Wolney.
    Bem, isso vem bem a calhar com o texto que li há cerca de 2 ou 3 dias atrás. A Positio, posição oficial da Ordem Rosacruz AMORC sobre o estado de coisas do mundo atual e o alerta para o homem sobre a necessidade urgente de repensar alguns posiconamentos, alguns comportamentos entre eles, a relação do homem com a tecnologia. Quem estiver interessado nessa leitura (que eu recomendo) acesse no endereço a seguir - http://www.amorc.org.br/manifestohtm.htm

    Sobre o tema da notícia, vejo-o com naturalidade, embora um pouco apreensivo. E não tenho a menor dúvida que isso será fato bem antes da metade deste século.
    Respondendo ao professor lá em cima, existem milhares de pessoas que torcem para que essa realidade se manifeste o mais breve possível.
    Inflizmente as pessoas esqueceram como cativar, como fazer amigos, como amar.

    Muita paz para todos e um 2008 pleno de saúde e amor.

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  9. Anônimo9:40 AM

    Caro Alberto, eu encarei a resposta da Marli com naturalidade e risos. Fiz uma brincadeira e vi que a Marli também ironizou.

    Não dei continuidade porque aqui não seria um lugar para a guerra dos sexos (rs).

    De qualquer forma, se um robô indicar a ilusão de que o relacionamento pode ser mais fácil, com certeza muitos irão correr às lojas. Afinal, os relacionamentos amorosos, ou a dificuldade deles, para ficar só nestes, são dados da pouca atenção à educação emocional e saúde mental no nosso país.

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  10. hahahahaha meninos, não quis polemizar.Wolney acertou ao dizer que ironizei, pra brincar. Embora exista socialmente esse conceito(verdadeiro ou não) de que as mulheres é que costumam atormentar os homens pra discutir relacionamento e esses tem pavor, sei que existem homens e homens . Obviamente vocês devem fazer parte da galera papo aberto. hehehehehe beijokas e voltem sempre.

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  11. Meu caro Wolney, não estava me referindo a você. Referi-me ao que o Prof. Daniel escreveu.
    Alberto Valença.

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