15 março 2009

Projeto de Lei para Escola Pública

Recebi por e-mail uma corrente para divulgar um projeto de lei do Senador Cristovam Buarque, o qual propõe que a partir de 2014 seja cumprida a seguinte proposta:

Art. 1º Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

Segundo a proposta do senador, isso obrigaria os políticos a investirem na qualidade da escola pública, ao invés de se protegerem das trágédias do povo recorrendo a escolas privadas e ainda se beneficiando com descontos no imposto de renda para financiar custos com a educação, salvo raras exceções. Leia o projeto de lei completo aqui.
Eu diria um pouco mais sobre o assunto. Se todo professor de escola pública enxergar no seu aluno, o seu próprio filho , com certeza o comprometimento será muito grande. É verdade que a escola pública no geral anda mal das pernas por todos os problemas que sabemos, principalmente pela falta de recursos e pela carga de trabalho dos professsores, a maioria mal remunerados e com pouco tempo de formação. É verdade também que, apesar disso, tem professores que se dedicam mais do que outros fazendo a diferença, assim como há políticos que honram o cargo que ocupam, embora muitos nos causem vergonha por tê-los eleito. Penso que cada um deve fazer a sua parte da melhor maneira, consciente da importância que tem como o tijolo na construção de uma sociedade melhor.
O que você , meu caro leitor, pensa a respeito?

6 comentários:

  1. Anônimo11:29 AM

    Art. 1º Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

    Fala sério! Só os políticos? Os professores, os gestores e os diretores não deveriam estar aí incluidos? Se formos apurar, veremos que estes ou aqueles, não provam da comida que preparam e servem. E não lhes tiro a razão.
    Quem não quer uma melhor qualidade de ensino para seus filhos? Até quem não pode fugir da situação, sabe que dentro da própria rede de esnsino público há uma diferenciação entre as escolas e busca a melhor, independentemente de quantos ônibus tenha que tomar para chegar até lá. Acredito que não é bem por aí que a coisa irá ser resolvida, afinal uma lei a mais ou a menos, não vai fazer diferença, estamos como dizia minha avó "empanturrados de leis", regulamentações, decretos, protocolos de intenções etc.. O que o pais precisa, é de redirecionar o foco de suas prioridades e pensar a educação com mais longevidade e não com imendiatismos. Por exemplo: Se investirmos mais na educação da geração atual, será que não iriamos ter que investir menos em febens, prisidios, segurança, abrigo para menores abandonados etc...? Antes das leis o que deve prevalecer é a ética e comprometimento.

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  2. Oi, Marli!

    A grande questão é a ausência de políticas públicas para a educação! A cada governo são apresentadas "novidades" em todos os setores, desde o pedagógico até o salarial... E nós vamos de um lado para outro... conforme os caprichos dos administradores...
    Num ano há espaço para formação continuada, no outro, não! Num ano estão garantidos os profissionais em todos os setores da escola, no outro, não!
    Já pensaste em escola sem bibliotecário? sem coordenação pedagógica? sem laboratórios? sem professor de espanhol durante um ano inteiro? Tudo isso aconteceu, em 2008, numa das escolas em que atuo! E olha que nos movimentamos, que reivindicamos... não nos ouviram...
    Os exemplos individuais de dedicação se multiplicam nas escolas públicas, são professores que praticam (e lutam por) uma educação de qualidade, mas isso não basta!
    Repito: a qualidade (e tudo o mais que isso implica) deve ser uma política de Estado e não de governo!
    Na semana passada, quando os deputados votaram a favor do veto da governadora, tivemos mais uma vez a clareza do lugar da educação pública no estado...

    Abraços!

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  3. Caro anônimo!
    Obrigada pela contribuição. Realmente não podemos generalizar, nem colocar toda a responsabilidade em cima de uma classe. No meu caso, eu como da comida que sirvo, pois meus filhos estudam em escolas públicas, na que eu trabalho e considero muito boa. Gostaria que você se identificasse, pois esse espaço é para ser de livre expressão de ideias. Ninguém precisa concordar com elas.
    Suely!
    A formação continuada de professores é a tecla que eu bato sempre e teremos de chegar lá para atingirmos a qualidade, juntamente com o comprometimento de cada um.

    Abraço!

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  4. Anônimo3:01 PM

    Querida Marli!
    Não recebi essa corrente por e-mail, mas visitando seu Blog a encontrei e como educadora fico muito feliz, pois acredito que embora seja mínimo ainda existe políticos que pensam que Educação é o caminho, como nosso Cristovam Buarque.
    Esse ano vivi de perto essa que considero uma lição: Uma colega que trabalhava na Zona Rural, conseguiu vir para a cidade e uma das primeiras coisas que fez, foi transferir suas filhas para a Escola em que ia trabalhar. Uma das coisas que ela colocou foi a confiança no trabalho da professora que atuava em uma das séries das suas filhas, que mesmo trabalhando em Escola Pública, conseguia fazer a diferença.
    Com toda dificuldade de material didático e baixa remuneração, existe professores comprometidos com a Educação de qualidade e que conseguem de alguma forma amanhecer a cada novo dia esperançoso e confiante na mudança de nossa política educacional.
    Parabéns pelo artigo. Continuarei, ou melhor, começarei nova corrente a partir da sua, para divulgar essa notícia que com Fé em Deus se tornará realidade um dia. Se não for em 2014, que seja em outro ano.
    Abraços!

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  5. Olá,Marli.

    Será sensacional! Acredito que será um dos caminhos para a mudança na educação. Pois, a grande revolução na educação ou nas escolas públicas deverá acontecer com "políticas públicas", que priorizem a educação.
    Abraços,
    Graci

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  6. Olá Graci!

    Toda mudança é muito demorada quandop se fala em educação, ainda mais se essas mudanças mexem com privilégios. Mas não podemos perder a esperança. Abraço!

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