27 julho 2009

Discutindo educação

Estive participando durante três dias do III Seminário Internacional de Educação e IV Seminário Nacional de Educação de Veranópolis, terra da longevidade. Aliás, por falar nisso, caminhando pelas ruas geladas, nos intervalos, chamou-me a atenção quanto ao grande número de farmácias da cidade. Se as pessoas vivem mais em Veranópolis, com certeza nao deve ser por causa delas, mas suponho que um boa taça de vinho funcione melhor do que uma caixa de remédios. Mas não é sobre isso que quero falar. Na verdade o conteúdo do encontro versou sobre "motivação" do professor e sobre o resgate das relações humanas na educação. Ainda temos um currículo fragmentado, que prioriza o conteúdo descontextualizado, em detrimento da compreensão da complexidade das coisas, aspecto tão bem salientado por Morin. Nenhum conhecimento vale a pena se não trouxer humanização. Não, não podemos como educadores formar apenas mentes brilhantes. Não podemos esquecer de construir corações generosos. Para isso precisamos abraçar o que a família sozinha não consegue mais. Precisamos, junto com conhecimento, tratar de um educando sedento de afeto, de limites, de convivência. Mas nós, educadores, também precisamos ser cuidados, clamamos por atenção . Não adianta mudar currículos, equipar escolas, se não houver investimento no professor. É do seu olhar amoroso sobre o educando que partem as mudanças. O que me incomoda nesses encontros é que mesmo palestrantes com um bom currículo colocam a tecnologia, especialmente o computador e internet, como vilã no processo que impede a construção de relações mais humanas na família e na escola.Até mesmo a Educação à distância foi colocada nesse nível. Apenas um dos palestrantes salvou a pátria, lembrando com muita propriedade que não se deve dar opinião quando não se tem conhecimento do assunto. Respeito a opinião alheia, mas preciso defender a minha. Possivelmente a educação possa melhorar muito quando os professores e os gestores perceberem o quanto a tecnologia pode estar a serviço da humanização.

5 comentários:

  1. Pois é amiga, hoje tenho certeza de que a gente não consegue falar sobre aquilo que não viveu... as pessoas normalmente não vivem as possibilidades humanizadoras que a web 2.0 proporciona, por exemplo, e baseadas em experiências 1.0 falam sobre o que não sabem (repetindo opiniões sem fundamento geralmente divulgadas pela mídia).
    Se todos tivessem a oportunidade de viver as experiências que tivemos... certamente a fala seria outra! Mas, nesse momento da minha vida, acho que é sonhar demais...
    Super bju

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  2. Sindy!

    Eu já estou cansada de bater na mesma tecla. Também estou começando a achar que não vale a pena a gente se quebrar para convencer quem quer que seja. Tomara que acordem em tempo de pegar o trem. Fico na torcida e v ou fazendo a minha parte. BJ!

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  3. Oi, Marli!

    Se fosse há dois anos mais ou menos, possivelmente eu aumentasse o coro daqueles que acham que a Internet desumaniza as relações!

    Total falta de acesso e de interesse, quer dizer, não vivenciava o uso da Internet e falava mal - como disse a Sindy no comentário lá em cima!

    A mudança do meu "olhar" houve muito por curiosidade e pelos
    cursos do Proinfo integrado. Não, não sou modelo nenhum!
    Mas acho importante que o professor deseje a mudança, e para isso acho que precisa ser mais valorizado, e que a formação continuada seja acessível!

    Falo em desejo e formação juntas: a maioria dos colegas não terminaram os cursos do Proinfo. Quer dizer, acesso à formação houve, mas não houve motivação (?)... Sei lá... parece que todo mundo está muito acomodado...

    Abraços!

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  4. Oi Marli, tudo bem? Parabéns pelo teu aniversário,felicidades!!
    Quanto ao assunto de tua postagem quero escrever aqui o que nos diz a Professora Rosa Maria Bueno Fischer " Mídia e Produção de Subjetividade"
    Como a família e a escola sofreram um deslocamento em suas funções e contarem hoje a companhia da publicidade e dos meios de comunicação e de informação, os quais se investem também de um suposto papel pedagógico, autoriza-nos a afirmar talvez a absoluta necessidade de buscar definir melhor a especificidade da prática pedagógica escolar, para estes tempos.(...)"
    Novos tempos, novas metodologias, os professores precisaram pegar o trem, senão...
    Marli, mudando de assunto tu descobriste um serviço de hospedagem assim tipo o Yahoo?Eu criei um domínio e hospedagem no Terra, estou testando mais é um serviço caro.
    Estou super complicada com meu olho, quase não consigo mais fazer nada.
    Segunda feira farei um exame mais preciso para descobrir o que tenho.
    bjs

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  5. Suely!
    Concordo contigo. Sem a motivação, a curiosidade do professor, não tem formação que resolva. Acho que a formação precisa ser incorporada na prática. Os professores precisam se apropriar, como nós fizemos e estamos fazendo, das possibilidades pedagógicas e saber que não é um trabalho fácil, mas necessário. Beijo!

    Berna!
    Fico torcendo para que você melhore logo. Tenha fé, que não vai ser nada de grave.Quanto à hospedagem eu segui a sugestão de alguém da lista e entrei no miarroba. è super fácil ,mas não sei até quando vai durar. O melhor é o domínio, mas eu fui pelo mais fácil, porque estou sem tempo e também nem estou muito bem.Quem sabe daqui a pouco eu me anime a criar meu domínio.Abraço !

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