"É uma sensação esquisita. Está tudo bem, nada de grave aconteceu, mas você não está legal." Hoje, lendo a crônica Os Expulsos, da Martha Medeiros, que inicia com essa frase, encontrei o que eu queria dizer e não conseguia. Ando meio displiscente com as postagens do blog. E não só. Ando meio "devagar" em tudo. Pelo menos, mais devagar do que eu costumo andar. O motivo nem eu mesma sei. Não mudei minhas convicções, nem meus gostos. Mas mudou o meu ritmo. Me perguntam como estou e eu fico sem saber o que responder. Navegando mais um pouco, deparei com o vídeo acima, uma adaptação de
Cristiane Fariah para a linguagem da animação do haikai de Paulo Leminski: "vazio / agudo / ando meio / cheio de tudo". Pois é isso: ando meio cheia de tudo. Uma espécie de cansaço que não é bem físico, nem mental...
Cristiane Fariah para a linguagem da animação do haikai de Paulo Leminski: "vazio / agudo / ando meio / cheio de tudo". Pois é isso: ando meio cheia de tudo. Uma espécie de cansaço que não é bem físico, nem mental...
Martha se indaga, lá pelas tantas, se será esse o sintoma da velhice chegando, esse "sofrer de multidão e não de solidão". E fico também me perguntando. As imagens do vídeo são muito sugestivas. Todo dia absorvemos tanta novidade, porque o novo fica velho tão rápido! Até quando vamos a aguentar essa overdose de informação? Por outro lado, como ficar "por fora", ignorar as mudanças, ficar à margem? Esse é o dilema. "Você sabe que não é melhor do que ninguém, porém gostaria de ser melhor do que você mesmo, mas como?" São cobranças e cobranças que fazemos a nós mesmos. Problema de quem sofre de curiosidade e inconformidade crônicas. Me desculpem, queridos seguidores, pelos meus altos e baixos.
A vida está muito cansativa, é muita correria, nós sempre "correndo atrás da máquina", sem ter clareza de certas coisas serem boas ou ruins para a gente.
ResponderExcluirEntão eu acho que é normal sentir um certo cansaço, falta de forças para lutar, desilusões...
O negócio é admitir o que sente mas não dar muita atenção a esses sentimentos.
Temos fases igual à lua. Mas tudo vai passando. Abraço!
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