As aulas estão de volta. Novos alunos, novos desafios... Planejamento, currículo, metodologias, tudo é preciso refletir, dosar. No entanto, o que deve estar primeiramente no seu eixo é o professor. O aluno não aprende só o que o professor sabe, mas especialmente aprende com o que ele é, com sua postura, com seu exemplo, seu comprometimento e caráter. Prova disso é que os professores que ficaram em nossa lembrança, são os que souberam nos olhar de forma diferenciada, nos ouviram, nos disseram aquilo que precisávamos ouvir. Quero dizer com isso, que o professor precisa ser "humano" e precisa humanizar, não apenas instruir. Os conhecimentos ficam ultrapassados em pouco tempo, as atitudes se eternizam. Mas como conseguir lidar de forma tranquila com tantas situações complicadas, que cada um traz de contextos diferentes? Eu diria: estando sempre em harmonia consigo mesmo. Isso inclui saber lidar com o amor e os desertos que carregamos dentro de nós. (Zeca Baleiro fala disso em uma de suas músicas). O mundo sempre nos cobra que temos que "dar certo", nem que para isso tenhamos que dar muitos sorrisos amarelos para aqueles que esperam que sejamos aquilo que não somos. O relógio nos cobra rapidez, mas a vida precisa que andemos mais devagar para sentir seu sabor. Quem sabe, aprender a priorizar a arte de "conviver" com os outros e conosco mesmos seja fundamental para não sair do eixo. Quem sabe, nos permitindo errar, nos permitindo discordar, encontremos o caminho do acerto, encontremos com a nossa própria imagem, sem despersonalizações. Só sabendo conciliar amor e deserto, teremos condições de ajudar nossos alunos a conviver, saboreando alegrias e também aprendendo a lidar com a tristeza, sem se perder. Estar no eixo talvez seja aquele ponto de equilíbrio entre o narcisismo e a depressão, males do mundo moderno. Ou eu sou "o melhor" ou "eu não sou nada". Essa é a ordem social. É disso que precisamos nos livrar. "Gostos, cores e amores não se discutem". Nesse dito popular está uma grande verdade. Somos o que somos, com erros e acertos. Penso que vivenciando essa liberdade, teremos muito mais condições para estar em sala de aula e ser um exemplo de vida, uma referência que o alunos procuram no professor e não apenas um poço de conhecimento. Alguns eventos educacionais que vivenciei nos últimos dias me permitiram essas reflexões. Bom ano letivo a todos nós, educadores e educandos!
Olá Marli,
ResponderExcluirEstamos nós aqui educadoras cheias de expectativas para este 2011, com o mesmo pensar sobre o currículo - "é preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã" (Renato Russo) - sabemos que aprendizagem com significado precisa contar com professores e alunos envolvidos com a discussão temática, o afeto transversaliza conteúdo e vida!
Que este ano seja tudo de bom para você e os seus.
Abraços afetuosos!
Maria do Rocio
Querida amiga!
ResponderExcluirMando aqui do Sul o meu carinho e o desejo de que tudo seja melhor nesse ano. Que possamos alcançar nossas metas e chegar bem perto de nossos alunos. Abraço!
Marli, parceira querida!
ResponderExcluirUma das coisas que mais gosto na vida é ser professora! E o início de ano letivo sempre dá um frio na barriga!!! Será que conseguirei inspirar os alunos? Me inspirar com eles? É um desafio diário!!
Bom ano pra ti!!!
O nosso começa no dia 28!!
Beijos!
Sueli!
ResponderExcluirVerdade! A expectativa é sempre grande. Tomara que os frutos sejam fartos. BJ!
Oi Marli,muito interessante as suas considerações acerca das perspectivas e desafios que nós professores vivenciamos sempre que se inicia um ano letivo."Agente espera do mundo e o mundo espera de nós".Gilvania
ResponderExcluirola Marli adorei esse texto, acredito em tudo o que esta escrito, amo ser professora¨amiga de meus alunos¨mas sem mistuirar as coisas. bjos
ResponderExcluirOlá Gilvania!
ResponderExcluirÉ verdade! O ideal é que o que esperam de nós e o que esperamos dos outros combine. Obrigada pela visita. Abraço!
Olá Sônia!
ResponderExcluirCom certeza cada qual tem que saber o seu lugar, mas isso não impede que sejamos afetivos uns com os outros. Abraço!
Olá, Marli!
ResponderExcluirExcelente reflexão.
Acredito que quando fazemos as coisas com AMOR, colocando-nos no lugar do outro, tudo se torna muito mais fácil. Adquirimos respeito e carinho por parte das pessoas, através de nossas próprias ações diárias.
Não só nas escolas, mas na vida.
Beijo carinhoso
Fernanda
ResponderExcluirCom certeza, faz a diferença a forma como lidamos com tudo em nosso dia a dia. E se vivemos tão pouco, melhor fazer de um jeito bacana. BJ!