Participei de uma reportagem no site da Programmer’s, uma empresa de TI que possui
soluções voltadas para a área educacional e está preocupada em entender
também a área, as tendências e mudanças que tem passado, por isso teve a
iniciativa de montar
um site de informação. Aqui vai a matéria que pode ser vista na fonte aqui.
Resultado das novas tecnologias, as práticas da sala de aula tem se
alterado a cada dia. Prova disso é a utilização mais frequente pelos
educadores de ferramentas transformadoras, como blogs, redes sociais,
vídeos e apresentações interativas, quase sempre utilizadas em ambientes
colaborativos.
A pesquisa “Perspectivas tecnológicas para o ensino fundamental e
Médio Brasileiro de 2012 a 2017”, realizada pelo NMC Horizon Project em
2012 apontou que a utilização de ambientes colaborativos é uma das
tendências para a educação brasileira até 2017, isso porque a
possibilidade de realizar projetos em conjunto com professores e alunos
de outras escolas tornaram-se estratégias para proporcionar ao estudante
diferentes perspectivas. Para isso, utiliza-se ambientes virtuais em
que é possível compartilhar ideias e acompanhar o desempenho coletivo em
ferramentas fáceis de usar e que são praticamente gratuitas.
O estudo realizado pelo NMC Horizon Project também detectou outras
tendências, que foram ou ainda serão adotadas pelas escolas brasileiras
em um ano ou menos. Confira:
A professora Marli Fiorentin,
especialista em Tecnologias em Educação pela PUC-Rio, faz parte da gama
de profissionais que se atentaram para essas tendências. A professora,
em 2005, observou o burburinho que os blogs estavam causando na internet
e resolveu investigar a ferramenta. Passou a participar de grupos de
discussão e fóruns, na tentativa de obter as informações necessárias
para se aventurar pelos blogs.
Talvez sem perceber, a iniciativa de Marli ilustrou um novo perfil:
profissionais (e também estudantes) que passaram a complementar seu
conhecimento no conhecimento do outro, na troca de informação e
aprendizado com pessoas de outros lugares, com outras formações. Essa
colaboração foi a chave para o novo projeto da professora: criar um blog
colaborativo para as suas classes.
Veja também:
Ainda em 2005 montou o blog Vidas secas: Ficção x Realidade
para os alunos que lecionava. O objetivo era analisar a realidade dos
estudantes por meio das obras literárias, o que começou desde a escolha
do nome do projeto. Na época o Rio Grande Do Sul, estado onde atua,
passava por uma difícil seca, por isso decidiu relacionar o período com a
obra de Graciliano Ramos.
Marli foi pioneira ao utilizar novas ferramentas de ensino, como o blog, na sala de aula |
Os resultados foram quase imediatos. “O blog permitiu trabalhar de
forma dinâmica, de maneira até social. Ali eles escreviam para de fato
se comunicarem com alguém”, conta Marli. Os alunos iam compartilhando
suas experiências e relacionando-as com as obras literárias. A novidade
foi a participação de outros alunos na discussão. “Essa interação que os
alunos criaram na rede os incentivou a escrever”, diz.
Satisfeita com a experiência, em 2006 criou um novo projeto, o Ficção x Realidade,
agora com outra turma. Observando os resultados do primeiro blog,
começou a incentivar sua turma a interagir não só com outros alunos, mas
também com os autores dos livros.
A professora foi se especializando cada vez mais no assunto, enquanto
participava de outros projetos, o que gerou frutos: ficou em 2º lugar
no concurso internacional realizado pela Educarede em 2007, devido ao
blog Vidas Secas, e em 2008 participou de um projeto colaborativo
realizado com professores do Brasil, Portugal e França, chamado Vôo BPF,
no qual foi criado um blog colaborativo, em que estudavam literatura,
tendo como tema o centenário de Santos Dumont. Com o Vôo BPF participou
do concurso da Microsoft voltado para educação, ficando em 1º lugar na
América Latina e em 3º no ranking mundial, sendo a premiação realizada
em Hong Kong (China).
O que Marli percebeu com todas essas conquistas foram os benefícios
da colaboração. “Aprender de forma colaborativa é importante, pois é
preciso pensar na coletividade. Os problemas são globais, as soluções
também devem ser. Ao sair da escola o aluno sairá trabalhando
colaborativamente”, afirma.
Educação online
Essa nova interação aluno-professor, estabelecida pelas novas
ferramentas de ensino que surgiram com a web, também resultou em
mudanças para o educador. Marli aponta que antigamente o professor era
fonte de informação, todavia, hoje, o aluno obtém informação de todos os
lugares. “O professor precisa ser mediador, precisa ensinar o aluno a
refletir sobre as informações. Aluno e professor aprendem juntos”,
finaliza.
Leia toda a matéria clicando aqui.
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